domingo, 12 de setembro de 2010

I'm

Vamos lá, tente me entender de alguma forma. O ser humano por si só já nasce estragado, tudo só foi perfeito antes de sermos expulsos e jogados pra fora do paraíso aconchegante e vindo parar nesse mundo onde sempre procuraremos por respostas e pela volta à perfeição que nunca existirá.

Chegando aqui, cada um vai moldando sua própria natureza, e a minha meu bem, é solitária e pessimista ao extremo. Mas vez ou outra aparece alguém querendo quebrá-la, querendo preencher algo em mim que nunca será possível. Querendo uma atenção que eu não posso conceder nem a mim mesma. Eu já nem posso enganar, esse meu jeito melindroso é só uma forma de ocultar, tudo aquilo que eu sei que sou e que eu sei que não posso mudar.

Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações. Mas eu não posso evitar o fato de que todos podem ver essas cicatrizes. Eu sou aquilo que eu quero que você ache que eu sou. Eu sou aquilo que eu quero que você sinta. Mas, não importa o que aconteça, ou que quer que eu faça pra te convencer a acreditar que isso é real e que eu sou assim.

Então, eu deixo acontecer, fico te observando ir embora, pois não há nada que eu possa fazer. Eu não posso sentir de uma forma diferente, então vire as costas pra mim e me ignore.

Eu sou um pouco inseguro, um pouco inconfidente, porque você não entende que eu faço o que eu posso. Mas, às vezes eu não faço sentido

Eu sou o que você nunca quis dizer. Mas eu nunca tive dúvida é como, não importa o que eu faça, eu não posso te convencer de que isso que acontece comigo é real, a simplesmente me ouvir dessa vez. Então eu deixo acontecer observando você virar as costas pra mim e me ignorar.

ana leite

ps: insipirada em Link Park =)

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